A medida denominada “Experimento” tem como objetivo preservar o status de Patrimônio da Humanidade da Unesco e controlar o excessivo influxo de visitantes no centro histórico. Para alcançar esse propósito, os turistas serão submetidos a uma taxa de entrada no valor de 5 euros, o que equivale a aproximadamente R$ 27.
O Conselho Municipal da cidade italiana de Veneza aprovou essa taxa em uma sessão realizada em 12 de setembro. A implementação dessa medida está programada para começar na primavera de 2024, especificamente no final de março, durante os dias de maior afluência de visitantes – as datas exatas ainda serão anunciadas. O período de teste inicial será de 30 dias.
Importante mencionar que a taxa não será aplicada aos turistas que pernoitam na cidade, bem como a crianças e adolescentes de até 13 anos. Os excursionistas que desejarem acessar o centro histórico deverão baixar um QR code em seus dispositivos móveis para apresentá-lo às autoridades responsáveis pela fiscalização. Aqueles que não respeitarem essa regra estarão sujeitos a multas, cujos valores variam entre 50 e 300 euros (R$ 266 a R$ 1.594, aproximadamente).
A expectativa da administração pública de Veneza é arrecadar cerca de 6 milhões de euros com essa taxa, que serão direcionados para a preservação das construções históricas da cidade, um destino turístico icônico.
O prefeito Luigi Brugnaro descreveu essa taxa como um “primeiro passo” e um “experimento”, destacando que o sistema de bilhetagem será de fácil utilização. Ele apelou à cooperação de todos para “salvar” Veneza e transformá-la na “mais antiga cidade do futuro”.
No entanto, a oposição critica a medida, argumentando que foi implementada apressadamente em resposta à Unesco e que não foram realizados estudos para avaliar sua eficácia na redução do fluxo de turistas. Especialistas também questionam a efetividade da taxa, considerando os preços elevados das atrações turísticas em Veneza, como o passeio noturno de gôndola que custa 100 euros (R$ 532) por meia hora. Portanto, há receios de que uma taxa de 5 euros não tenha um impacto significativo sobre os turistas.