Teatro

Espetáculo “A Alma Imoral”, de Clarice Niskier, retorna a Salvador

Premiado monólogo teatral que provoca reflexões sobre ética e moralidade terá apresentações no Teatro SESC Casa do Comércio

Comemorando dezessete anos consecutivos em cartaz, desde sua estreia em 2006, o aclamado espetáculo teatral “A Alma Imoral”, de Clarice Niskier, já visto por mais de 600 mil pessoas, retorna aos palcos baianos nos dias 25, 26 e 27 de agosto, sexta a domingo, no Teatro SESC Casa do Comércio. Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 120 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou através da Sympla.

O texto é uma adaptação de Clarice Niskier para o teatro, a partir do livro homônimo do rabino Nilton Bonder, que explora questões existenciais e éticas através de uma narrativa repleta de poesia, humor e reflexões profundas. Com supervisão de montagem de Amir Haddad, o espetáculo desconstrói e reconstrói conceitos milenares da história da civilização – corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência.

Sozinha no palco, Clarice Niskier está em contato direto com a plateia, sem fazer uso da chamada “quarta parede”. Para contar histórias e parábolas da tradição judaica, a atriz vale-se somente de uma cadeira panton preta e um grande pano preto que, concebido pela figurinista Kika Lopes, transforma-se em oito diferentes vestes – mantos, vestidos, burcas, véus. O espaço cênico concebido por Luis Martins é limpo e remete a um longo corredor em perspectiva.

Quando iniciou o projeto, a atriz teve como objetivo “mobilizar o pensamento e a emoção do espectador contemporâneo”, o que vem de fato acontecendo desde a sua primeira temporada. Em 2023, A Alma Imoral comemora 17 anos consecutivos em cartaz. A história da peça começou em junho de 2006 no Rio de Janeiro, quando estreou numa pequena sala de 50 lugares. De lá, seguiu para um teatro de 400 lugares, onde chegou a ficar em cartaz de terça a domingo. Ganhou o Brasil, em teatros de Norte a Sul.

“A Alma Imoral” é um espetáculo que transcende o tempo, pois em cada apresentação é sempre uma primeira vez. Clarice Niskier expressa seu amor pelo trabalho e pelo texto ao afirmar: “No teatro é sempre a primeira vez. Quando me perguntam como é possível fazer uma peça tanto tempo sem se cansar, eu respondo: assim como é possível amar tanto tempo a mesma pessoa sem se cansar. Nesse caso, o tempo é muito subjetivo. Se a relação está viva, está viva. Dá trabalho, mas não cansa. Assim é na Alma Imoral. Eu amo esse trabalho, esse texto. Que vocês se sintam vivos diante de mim. Assim como tenho vontade de me sentir diante de vocês: viva.”

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