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Crítica – De Tirar o Fôlego

Dirigido por Laura McGann, o documentário De Tirar o Fôlego me lembrou produções de Werner Herzog nas quais ele reflete sobre a relação entre o ser humano e a beleza implacável da natureza que pode arruinar aqueles que tentam dominá-la (como em O Homem Urso). A produção de McGann para a Netflix não chega no mesmo nível das contemplações existenciais de Herzog, mas é hábil em tentar transmitir a dimensão sensorial das experiências extremas que retrata.

A produção apresenta o cotidiano das competições de mergulho em apneia, ou seja, o mergulho em profundidade sem uso de equipamento para respirar. A trama foca especificamente nas trajetórias de Stephen Keenan e Alessia Zecchini. Keenan era um mergulhador competitivo que resolveu se tornar um mergulhador socorrista depois de um acidente durante uma competição. Alessia é uma mergulhadora que desde adolescente se mostrou um prodígio no esporte, sempre buscando ser a melhor. Ao se conhecerem, Keenan e Alessia desenvolveram uma relação pessoal e profissional em cima do amor de ambos pelo mergulho, mas a profissão não é livre de perigos e levar o corpo ao limite cobra seu preço.

O filme usa entrevistas, imagens de arquivo e cenas encenadas para contar como funciona o universo do mergulho e também retratar o que acontece durante a prática. É um documentário mais expositivo, focado na história de seus dois protagonistas, do que focado na dimensão poética ou sensorial, embora também tenha momentos dedicados a isso.

As cenas de mergulho, em especial as reconstituições feitas especificamente para o filme, buscam justamente esse apelo sensorial, com planos cuidadosamente construídos em seus enquadramentos, movimentos de câmera, uso de luz e gradação de cor para transmitir o esplendor e a imensidão do fundo do mar ao mesmo tempo em que ressaltam a tensão e perigosa solidão de estar nas profundezas sem qualquer equipamento.

É nesse sentido que digo que a produção chega a se aproximar dos documentários do Herzog no sentido de retratar essa dualidade na relação entre ser humano e natureza. Se por um lado buscamos comunhão e apreciação da beleza do mundo ao nosso redor, por outro lado a natureza é implacavelmente indiferente a nós, levando as vidas de qualquer um que tente ultrapassar certos limites da relação entre corpo e ambiente.

Lá pela metade a narrativa parece andar em círculos conforme o filme dedica longos minutos a narrar várias mortes de mergulhadores experientes. Nesse momento, parece que a narrativa deixa de lado os dois protagonistas só para fazer esse longo inventário de mortes que acaba soando um pouco redundante. Entendo que a ideia é mostrar como a prática pode ser perigosa e os riscos extremos aos quais esses atletas se submetem, mas o filme se estende tanto nisso que deixa um pouco de lado seus dois personagens principais.

Assim, De Tirar o Fôlego é um competente retrato do fascínio que o mergulho em apneia desperta em sua busca por um contato mais intenso com uma natureza que é igualmente bela e implacável.

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