Está bem, sei que você não aguenta mais nem ouvir falar em Barbie. Nem aguenta mais ver ninguém de rosa, nem sanduíche, milk shake, acarajé (sim, acredite!!), pipoca, memes e outros produtos da cor rosa. Mas, nesta quinta-feira, 20, finalmente chega aos cinemas… “Barbie”. Sim, o filme baseado na boneca mais famosa do mundo que demorou anos de sair do papel. Mas esse tempo de espera, ao que parece, foi benéfico para o longa.
Na trama, Barbie (Margot Robbie) acorda um dia em seu maravilhoso mundo, a Barbieland e pensa na morte. Depois, os pés, que deveriam ficar sempre na posição de salto alto, mesmo sem o calçado, ficam normais e começa a aparecer celulite. Ao descobrir que a sua dona no mundo real tem que ser encontrada para ela descobrir porque ela está passando por essas transformações, Barbie parte em busca de respostas ao lado de Ken (Ryan Gosling).
E que respostas! “Barbie” retrata de forma divertida – e, algumas vezes, emocionante – como nossa sociedade ainda trata as mulheres. Mas não pense que é em formato didático ou de “lacração”, e sim, de uma forma orgânica e muito bem sacada, graças ao roteiro bem afiado do casal Greta Gerwig (“Ladybird”) – que também dirigiu o longa – e Noah Baumbach (“Histórias de um Casamento”). Eles não poupam nem a própria Mattel, empresa que criou a boneca e é uma espécie de vilã do longa. Já o design de produção é um luxo e com certeza vai concorrer à premiação, com o mundo de Barbie sendo todo artificial, em uma reprodução fiel ao que seria um mundo de bonecas.
O casal protagonista Margot Robbie e Ryan Gosling rouba a cena. Margot conseguindo fazer rir e emocionar, enquanto Ryan está canastrão como o personagem pede. O elenco, como um todo, é muito bom. O único senão do longa é que, na terceira parte, tem um problema de ritmo, mas nada que abale as divertidíssimas 2h de projeção.
Também não aguentava mais ouvir falar da Barbie, mas, após assistir ao filme, fiquei mais do que satisfeito, já querendo uma continuação!
