Já vimos centenas de filmes sobre o conde Drácula ao longo dos anos. Mas, tem um personagem em comum a todos eles – que muitos nem devem lembrar – que é o servo do mal: Renfield. E, após séculos servindo o chefe, finalmente ele se dá conta de que há vida fora daquele mundo em “Renfield – Dando Sangue Pelo Chefe”, que estreia nesta quinta nos cinemas brasileiros.
No longa, cansado de levar vítimas para o chef, Renfield (o ótimo Nicholas Hoult) resolve sair desse “relacionamento tóxico”. Para isso, passa a frequentar até grupos de terapia, na tentativa de se livrar do “chefe”. Claro que Drácula (Nicolas Cage, perfeito!) não tem a mínima intenção de que isso aconteça.
Assim que saiu o trailer do longa, a grande questão era ver Cage como o Drácula. O filme começa fazendo uma homenagem ao primeiro filme de Drácula, ainda em preto e branco, interpretado por Bela Lugosi. E, já a partir desse momento, Nicolas Cage já mostra que, apesar de aparecer menos, o filme é dele.
O ator interpreta o famoso personagem utilizando a ironia e um jeito ainda inédito de vermos o ser do mal – que diverte e assusta. E sua sintonia com o ator Nicholas Hoult flui tão bem que parece que atuam juntos há anos.
O longa ainda transforma Renfield quase em super-herói quando ele come insetos, ajudando pessoas, principalmente a policial Rebecca (Awkwafina) a prender um traficante, em uma trama que é mais um pretexto para a transformação do personagem principal, mas que não incomoda o andamento do filme
Dirigido por Chris McKay (“A Guerra do Amanhã”), o longa peca apenas em suas cenas de luta, que são rápidas, deixando confusa a ação. Porém, encontrou o tom meio cartunesco exagerado – e ótimo! – com muitos ossos quebrando e sangue jorrando!
“Renfield – Dando Sangue Pelo Chefe” é um divertido filme, que mostra Nicolas Cage como um dos melhores Dráculas do cinema e que merece ter uma continuação! Além disso, em uma época que os filmes costumam extrapolar as 2 horas de projeção, é muito bem-vindo um filme direto e objetivo, com 90 minutos.