Buscando, mais uma vez, romper fronteiras musicais, a Orquestra Sinfônica da Bahia traz, no próximo dia 7 de janeiro de 2023 (sábado), às 19h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, uma apresentação com clássicos da música romântica brasileira no “OSBREGA”. Ou melhor: no “Concerto do Amor”.
A apresentação, que faz parte da edição 2023 do Verão da OSBA, trará canções que já embalaram muitos corações apaixonados e desiludidos de todas as classes sociais como “Fogo e Paixão” e “Moça” (do repertório de Wando), “Princesa” (eternizada por Amado Batista), “Torturas de amor” (de Waldick Soriano), “Homem Não Chora” (conhecida na voz de Pablo), “Morango do Nordeste” (popularizada com Lairton e seus Teclados), “Garçom” (de Reginaldo Rossi), “Infiel” (de Marília Mendonça), entre outros sucessos românticos.
Os ingressos para o concerto estão à venda na bilheteria do Teatro Castro Alves e na plataforma on-line Sympla (bit.ly/OSBREGAConcertoDoAmor), pelos valores de R$30 (inteira) e R$15 (meia). A apresentação terá regência do maestro Carlos Prazeres e participação dos cantores Ana Barroso e João Cavalcanti. Parceiro de outros verões, Gil Vicente Tavares será o responsável pelo roteiro e direção cênica do “Concerto do Amor”.
Proposta
A ideia do OSBREGA “Concerto do Amor” começou a ser concebida após o maestro da OSBA, Carlos Prazeres, assistir ao documentário “Vou Rifar Meu Coração” (2012), da cineasta Ana Rieper. O filme explora o universo da música romântica no Brasil, mesclando depoimentos de nomes populares da música romântica do país (popularmente conhecida como Brega) como Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista, Lindomar Castilho, entre outros, com personagens que abrem seus corações e contam histórias de como as músicas destes artistas fazem parte da vida delas.
“No filme, Agnaldo Timóteo reclama que o termo ‘música brega’ é usado de forma pejorativa, denominando uma música que é feita e consumida pelas classes sociais mais baixas, e não pela elite cultural. Mas ele destaca que as mesmas músicas ditas como bregas, quando são interpretadas pela suposta elite cultural, passam a ser consideradas chiques”, explica Carlos Prazeres.
Depois do impacto do filme “Vou Rifar Meu Coração” e desta fala de Agnaldo Timóteo, o maestro da OSBA foi listando, durante suas idas a bares, especialmente, músicas que poderiam fazer parte deste repertório do “Concerto do Amor”, além de ter tido a ideia de usar o nome OSBREGA, mas de forma a mostrar que estas músicas, taxadas como “bregas”, na verdade falam sobre amor.
“Então utilizamos este termo lúdico OSBREGA, mas colocamos este risco no nome, para mostrar que este concerto e este repertório, na verdade, falam sobre amor. A proposta é que a OSBA faça uma apresentação com clássicos românticos da música brasileira, que trazem nas letras uma linda e intensa forma de amar. Depois de termos passado por tantos momentos de culto ao ódio no país, é de amor que a sociedade brasileira está precisando para se unir novamente. E é isso que apresentaremos no nosso ‘Concerto do Amor’ ”, completa Carlos Prazeres.