Conhecido por comédias, Jordan Peele apareceu em um filme mais sério com o excelente “Corra!”, em 2018. Fez então um filme tenso, o “Nós”, que dividiu opiniões. Agora parte para a ficção científica com “Não, Não Olhe!”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira.
Em uma cidade americana, eventos bizarros mostram que há alguma coisa no céu. Os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald Haywood (Keke Palmer) administram um rancho que treina cavalos para participar de filmes e propagandas. Quando a vida deles começa a ficar ameaçada, eles contam com a ajuda de Angel (Brandon Perea) para enfrentar o inimigo.
Como todo filme de Peele, a trama principal tem diversas camadas. Dentre a principal, está o racismo. OJ e Emerald são descendente do jóquei negro que apareceu no experimento de Eadweard Muybridge em que ele tirou diversas fotos e as fez ganhar vidas exibindo-as em um aparelho. Alguém se lembra o nome do jóquei negro? Ninguém.
Há também uma trama de um macaco de um programa de televisão enlouquece e agride os atores em uma das gravações, décadas antes do filme. Um dos sobreviventes foi Jupe (Steven Yeun), que agora é um dono de circo que usa os cavalos de OJ.
Independente de entrar nas diversas camadas do filme, “Não, Não Olhe!” é um excelente exemplar de ficção científica/terror. Jordan Peele tem domínio das cenas e, a cada imagem, é difícil não ficar tenso com o que vai acontecer a seguir.
A atriz Keke Palmer é a grande estrela do elenco. Ela rouba a cena em todas as suas participações, ainda mais quando contracena com Kaluuya, que imprime uma personalidade mais introspectiva a Oj.
“Não, Não Olhe!” tem tudo para se tornar um novo clássico e é o segundo melhor filme da – ainda – curta carreira de Jordan Peele como diretor.

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