Há 22 anos, “Matrix” chegava aos cinemas com uma história intrigante e cenas de ação que revolucionaram a sétima arte. Após dois filmes, “Matrix Reloaded” (2002) e “Matrix Revolutions” (2003), chega aos cinemas a nova aventura de Neo e Trinity: “Matrix Resurrections”, que entra em cartaz nesta quinta-feira, 23.
Na trama, Thomas Anderson (Keanu Reeves) vive sua vida normal como designer de games e criador da trilogia de jogos “Matrix” – a melhor parte do filme é a metalinguagem que isso acarreta. Quando lembranças do passado começam a atormentá-lo, ele precisa decidir novamente se toma a pílula azul, e continua com sua vida, ou a vermelha, e acorda para a realidade.
E aí finalmente começa “Matrix Resurrections”. Ou melhor, o filme parece que nunca começa. A diretora e criadora Lana Wachowski, depois de revolucionar na trilogia original, não foi capaz de surpreender em nada com o novo filme. Além de uma trama complicadíssima – vou ser sincero com ps leitores, o filme acabou e até agora não sei do que se trata -, peca com cenas de ação que estão longe de serem inspiradas, pelo contrário, denotam uma certa preguiça. São quase 2 horas de explicações e explicações e explicações – que de nada adiantam.
O longa sofre também com um elenco fraco. Os atores Yahya Abdul-Mateen II (Morpheus) e Jonathan Groff (Agente Smith) estão longe de terem o carisma de Laurence Fishburne e Hugo Heaving – aliás, o elenco não tem carisma nenhum. E “Matrix Resurrections” exibe em diversos momentos os atores originais, o que destoa ainda mais quando vemos os novos atores. Keanu Reeves está mais no automático do que nunca e Carrie-Anne Moss se sai bem como Trinity.
Uma pena que a espera de 18 anos para ver um novo filme da excelente trilogia Matrix tenha sido frustrante. Pois, além de dificilmente atrair um novo público para a trilogia original, “Matrix Resurrections” não vai acrescentar em nada aos fãs mais antigos.
