Mesmo com a retomada das atividades de bares e restaurantes, os serviços ainda estão com dívidas adquiridas durante os 18 meses do início da pandemia no Brasil. Segundo a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), 71% dos restaurantes do país dizem ter dívidas, sendo que a maior parte (79% dos entrevistados endividados) deve a bancos e fornecedores (37%). Mais da metade das empresas do setor (54%) revelou também estar com impostos em atraso.
“Este setor foi bastante prejudicado durante a pandemia, mas é possível sanar as dívidas com renegociações, observando se os contratos dessas dívidas não possuem cláusulas abusivas e outras engenharias jurídicas para não abalar mais ainda a saúde financeira dos bares e restaurantes”, destacou o advogado Cândido Sá, especialista em gerenciamento de crise.
Com a fase verde na Bahia – onde os restaurantes passaram a funcionar normalmente, em seus horários pré-pandemia -, o fluxo de caixa voltou a aumentar, o que pode ser benéfico na hora de renegociar as dívidas. “É importante que os donos de bares e restaurantes saibam quanto poderão pagar em refinanciamentos para não ficarem inadimplentes e complicar de vez a renegociação”, alerta Cândido Sá, que escreveu o livro “Os Bancos no Banco dos Réus” abordando os juros abusivos cobrados pelas instituições financeiras.