Com as obras de requalificação, o Salvador Bahia Airport, membro da rede VINCIâ¯Airports, deixou claro o seu compromisso ambiental e renovou inteiramente o seu sistema de refrigeração. O resultado é perceptível para quem passa pelo terminal, mas o que muitos não sabem é que, além de uma temperatura mais agradável, o sistema de ar-condicionado do aeroporto é mais sustentável.
Não só possui maior eficiência energética, como ele também conta com uma estrutura que permite a captação e reuso da água que seria descartada no processo. Graças à implantação da nova estrutura, em um ano serão reaproveitados 15.768 m³ desse recurso natural.
A água reaproveitada é aquela usada dentro das vinte máquinas de ar-condicionado para resfriar o ar extraído do ambiente. Ela é capturada e armazenada em tanques com capacidade de 5.400L cada e destinada ao abastecimento das torres de resfriamento do Aeroporto. Assim, a água que poderia ser descartada é reinserida no sistema, de acordo com o conceito de economia circular.
Estratégia Global
Essa iniciativa é mais uma das diversas ações empreendidas pelo Salvador Bahia Airport para reduzir o seu consumo de água pela metade (quando comparado com o ano de 2015) até o ano de 2030. Esta é uma das ambiciosas metas da AirPact, estratégia global da VINCI Airports – grupo do qual o aeroporto baiano faz parte – para redução do seu impacto ambiental em todos os doze países em que está presente. Além disso, ela estáâ¯alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Para reduzir o consumo de água, diversos investimentos têm sido feitos desde o início da Concessão, no ano de 2018. Os esforços, que envolvem tecnologia e inovação, vêm dando frutos. Por exemplo, o Salvador Bahia Airport foi o primeiro do Brasil a não dispensar efluentes em corpos hídricos. Atualmente, 100% do esgoto gerado no aeroporto é tratado na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) e transformado em água de reuso. O produto final é destinado a abastecer os banheiros do terminal de passageiros, reduzindo assim 37% da necessidade de água potável do aeroporto.
Ainda com o mesmo objetivo, as torneiras do aeroporto receberamâ¯bicos arejadores, que reduzem a vazão sem afetar a percepção do usuário. Também foi feita a instalação de equipamentos para conter e mitigar possíveis vazamentos de contaminantes de óleo ou combustível que possam atingir os canais de drenagem.
Apesar dessas conquistas já obtidas, o esforço para reduzir o consumo de água no Salvador Bahia Airport é permanente. Outras iniciativas estão em fase de implantação, como a adoção do reuso de água na Seção de Combate a Incêndio (SCI). Todo o volume utilizado durante os testes obrigatórios de combate a incêndios será reaproveitado para reabastecer os caminhões (em média 547 m³/ por ano). A previsão é que o projeto esteja 100% implantado até maio. A equipe interna também continua em busca de novas oportunidades de economia de água.
AirPact
As ações têm como base a política ambiental global da VINCI Airports, a AirPact, que estabelece metas sustentáveis ambiciosas para seus aeroportos a partir de seu compromisso com a preservação do meio ambiente.
Além do objetivo de redução de água, a política prevê ainda: não dispensar resíduos sólidos para aterros (meta já alcançada pelo Salvador Bahia Airport), eliminar o uso de pesticidas e reduzir a pegada de carbono pela metade. Para atingir essa última conquista, o aeroporto de Salvador já substituiu as lâmpadas convencionais por outras de LED, instalou uma usina solar (a primeira do Brasil em um aeródromo) e substituiu equipamentos de refrigeração por outros mais eficientes, conquistando a certificação ACA (Airport Carbon Accreditation) nível 2 em 2019.