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Cultura

Crítica – Uma Noite em Miami

Assistindo Uma Noite em Miami, produção original da Amazon Prime Video, me lembrei bastante de A Voz Suprema do Blues (2020) por conta das similaridades entre os dois. São dramas históricos, levemente baseados em eventos reais e que adaptam uma peça de teatro. Ambos são focados em um grupo de personagens em um pequeno espaço falando sobre suas experiências com o racismo, mas há diferenças grandes de escolhas estilísticas entre os dois que tornam Uma Noite em Miami mais fluido de assistir.

A trama é baseada no encontro real do ativista Malcolm X (Kingsley Ben-Adir), o lutador Cassius Clay (Eli Goree), o músico Sam Cooke (Leslie Odom Jr) e o jogador de futebol americano Jim Brown (Aldis Hodge) em um quarto de hotel em Miami. Ao longo da noite eles conversam sobre suas trajetórias, sobre o papel do movimento negro e a luta por direitos civis que aconteciam na década de 60.

A ideia aqui parece ser confrontar os diferentes olhares e perspectivas da experiência das pessoas negras da época, compreendendo que o movimento negro é heterogêneo e interseccional, mas, ao mesmo tempo, reconhecendo que a luta que os une é muito maior que as diferenças que os distanciam. Por mais que o texto inteligentemente reconheça que não há um caminho único para combater o racismo, também pondera sobre a possibilidade de que essas diferentes abordagens podem encontrar um terreno comum e da força que há em trabalhar em conjunto.

Esse exame é feito de forma madura, entendendo a complexidade da situação, apontando a fragilidade do discurso de cada um sem, no entanto, declarar heróis ou vilões. Malcolm X tem razão em apontar a postura burguesa de Sam e Jim, que evitam se posicionar muito sobre racismo para não arriscar seus lucros e fama. Por outro lado, Sam também tem razão em defender os próprios méritos de criar uma gravadora totalmente gerenciada por negros que não o coloca em subserviência aos brancos. Ao mesmo tempo, por mais que Malcolm esteja correto em pedir mais engajamento dos amigos, Sam também tem razão quando questiona o fato de Malcolm falar muitos dos problemas causados pelos brancos, mas não combate os problemas cotidianos das comunidades negras.

Assim, o texto reconhece a humanidade de seus protagonistas, pessoas com boas intenções e posicionamentos justificáveis, mas que, como quaisquer indivíduos, também trazem consigo um grande número de contradições. A direção de Regina King torna a conversa entre esses personagens bastante fluida, evitando longos solilóquios nos quais cada um parece estar falando sozinho e conduzindo tudo mais como uma conversa entre pessoas que se conhecem há tempos em que a palavra constantemente troca de interlocutor.

A maneira como King registra tudo evita o excesso de exposição, preferindo ilustrar as falas deles quando se referem a eventos passados ao invés de simplesmente manter a câmera estática em que está falando. Isso fica evidente no segmento em que Malcolm narra a experiência de ter assistido a um show de Sam no qual o músico conseguiu acalmar uma plateia hostil. Ao invés de manter a câmera em Malcolm falando, a narrativa efetivamente nos mostra os eventos do show, facilitando nosso entendimento da capacidade de Sam em lidar com o público, um efeito que não alcançaríamos apenas com os diálogos de Malcolm.

Desta maneira, Uma Noite em Miami apresenta uma exploração das complexidades do movimento negro a partir de algumas de suas figuras proeminentes e como cada um teria algo a aprender com o outro.

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