Apostando no abstracionismo, o artista plástico e pintor Sérgio Amorim estreou na última segunda-feira, 26, a exposição “Um Novo Olhar” — localizado no Shopping Barra, L1 Sul, Loja 20.
Estreando o 4º ciclo do seu “Processo Criativo”, Sérgio Amorim traz como novidade para essa mostra o ‘abstracionismo’ — modelo artístico moderno, com apelo às formas abstratas e ao subjetivismo — , relembrando clássicos como o “№5, 1948″, do norte-americano Jackson Pollock e a “Composição VIII”, do russo e percursor da arte abstrata, Wassily Kandinsky.
Revelando obras autorais e inéditas – em 20 telas produzidas com pinturas de alto contraste, contraposição de cores e técnicas de pintura a óleo com espátula -, como Saveiro Solitário; Regata; Canoeiros do Velho Chico; Elevador Antigo; Vista da Lapinha; Oferenda a Iemanjá Dia; Órfãos de São Joaquim e Procissão Irmandade Rosário dos Pretos, Sérgio Amorim apresenta um olhar sensível e diferenciado sobre a história de Salvador (BA) e suas origens afro-brasileiras, com passagens pelo Mercado Modelo, Baía de Todos-os-Santos, Ladeira do Pelourinho e o Recôncavo Baiano.
Somando experiências e reinvenções ao longo dos anos, o artista afirma que sua história é baseada em ciclos, começando pelo lápis e papel (1º ciclo), pincel (2º) e o “espatulado” (3º), sendo a técnica “impressionista” sua marca registrada. Baiano de Itaberaba — 252 km de Salvador —, Sérgio Amorim inova a mostra de artes em Salvador, agora, com o abstracionismo (4º ciclo).
O despertar do 4º ciclo do “Processo Criativo” se iniciou, segundo o artista, devido ao isolamento social na Bahia, consequência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Ilustrando a realidade com novos contornos, Sérgio quebra os paradigmas do tradicionalismo com a tradução do cotidiano através de experiências e sentimentos pintados sobre a tela.
Com mais de 22 anos de trajetória artística, Sérgio completa duas décadas da sua primeira exposição individual em São Paulo (Ribeirão Preto), na Galeria Golde. O artista é conhecido pela “Medalha de Prata” (2002) no salão da juventude no SESC de Ribeirão Preto; Troféu de Ouro (2003) pela obra “O Tropeiro” — Festival Nacional do Folclore em Olímpio; Menção Honrosa do Salão de Belas Artes em Limeira (2013) e o primeiro lugar no Salão Comemorativo aos 150 anos da Revolução de Riachuelo (Bahia Marina), em 2015.
Atualmente, o artista plástico pinta e ministra cursos no ateliê “Sérgio Amorim Artes” — Colina C, Patamares. Além da exposição “Um Novo Olhar”, o pintor é responsável pela mostra “Águas de Salvador e da Baía de Todos-os-Santos”, aberta ao público desde janeiro no Palacete das Artes (R. da Graça, 284 – Graça).
Seguindo o protocolo setorial de “Centros Culturais, Museus e Galerias de Arte” da Prefeitura de Salvador, a exposição “Um Novo Olhar” funcionará com lotação máxima de 20 pessoas, uso de máscaras obrigatório, distanciamento social entre os visitantes, distribuição de álcool em gel e higienização periódica.