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Crítica – High Life

High Life, primeiro filme da diretora francesa Claire Denis em língua inglesa, é bem estranho. Falo isso no bom sentido. Ainda que a trama em si seja de certo modo previsível, a maneira como Denis conduz tudo, misturando gêneros e criando imagens inesperadas, traz momentos muito impactantes.

A narrativa se passa em um futuro não muito distante em que presidiários condenados à morte são enviados em uma missão sem volta para o espaço. Quando conhecemos Monte (Robert Pattinson), todos na nave estão mortos exceto ele e sua filha Willow, ainda bebê. Monte e Willow tentam sobreviver no isolamento e aos poucos vemos flashbacks de tudo que aconteceu. A nave era liderada pela Dra. Dibs (Juliette Binoche, colaboradora habitual de Denis) que tinha como objetivo tornar possível a reprodução humana no espaço, que era prejudicada pelos altos níveis de radiação. Eles também tinham que se aproximar de um buraco negro para descobrir como coletar energia dele.

Como é de se imaginar a missão dá errado quando conflitos irrompem e as pessoas começam a ficar violentas umas com as outras, mas o elenco consegue nos transmitir o desespero e desequilíbrio dos personagens diante das situações. O texto toca em diversos temas, de ética científica, passando por direitos reprodutivos, a brutalidade humana, a dificuldade de viver em conjunto, confinamento, desejo sexual e muitas outras ideias. Nem sempre todos esses temas transitam de maneira fluida uns com os outros e nem sempre o texto tem algo consistente a dizer sobre eles além de apontar sua existência na trama.

Falando em fluidos, o filme dá atenção a muitos fluidos corporais, como sangue, urina e esperma que vemos escorrer ao longo da projeção. É como se a narrativa quisesse nos mostrar como as sociedades ou comunidades humanas se constroem em cima do sangue ou sêmen de outros. Como constantemente existem aqueles que são explorados e exauridos para que a sociedade alcance um objetivo. Nem tudo é pessimismo, entretanto, já que em muitos momentos o filme nos mostra momentos de esperança e personagens que demonstram algum esforço em melhorar, como Tcherny (Andre Benjamin), que fala sobre a família que deixou na terra, ou mesmo no cuidado que Monte tem como Willow.

Além do talento do elenco em evocar as tensões do confinamento e exploração ao qual são submetidos, a condução de Claire Denis também opera para criar imagens que ilustram muito bem a estranheza e o perigo daquela jornada. Um exemplo é a morte brutal de uma tripulante que literalmente explode ao se aproximar demais da alta gravidade do buraco negro. Em outro, vemos a Dra. Dibs usando um elaborado brinquedo sexual e Denis apenas filma o corpo dela envolto em sombras, como que flutuando no espaço, mas a personagem não demonstra exatamente prazer e sim alguma medida de desespero, como se o sexo ou o orgasmo fossem um meio de silenciar seus temores, traumas e angústias.

High Life é impactante e cheio de ponderações sobre a condição humana, ainda que nem sempre orgânico em seu trânsito por diferentes ideias e com a impressão de que se alonga um pouco além do necessário em seu terço final.

High Life está disponível no NOW, Google Play e Apple TV.

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