Quando não está trabalhando como caixa de um posto de gasolina, Charles Lewis preenche seu tempo andando sem rumo de bicicleta. Tem pouco o que fazer. Está meio afastado dos amigos e os pais acabaram de se divorciar. Em um desses passeios, ele encontra atores de uma companhia de teatro ensaiando uma montagem de Romeu e Julieta. E graças à Fran Fisher, a atriz que interpreta a protagonista da peça, seus dias de tédio começam a caminhar para o fim.
“Uma Dor Tão Doce”, o quinto romance de David Nicholls, o aclamado autor do best-seller “Um dia”, chegou em primeira mão para os assinantes do intrínsecos, o clube de livros da Intrínseca, em fevereiro, e agora está disponível para o público em geral. Repleta de idas e vindas no tempo, a história é contada por Charles já adulto, às vésperas do seu casamento. A narrativa mistura de forma sutil humor e melancolia, para rememorar aquele verão intenso de 1997, que ajudou a moldar o homem em que Charles se transformou.
Em semanas que marcarão sua vida, rodeado por textos do século XVI, figurinos, novas amizades e uma miscelânea de sentimentos inéditos, Charles desviará de conversas sobre o futuro enquanto tentará não ser devorado pela confusão de sua dinâmica familiar. E, ao lado de Fran, vai encontrar uma chance de se redescobrir e reinventar.
Em seu romance anterior, Nós, também lançado no Brasil pela Intrínseca, em 2015, o autor mergulhou na jornada de um homem que tenta salvar o casamento e se reaproximar do filho em uma viagem com a família pela Europa. Com “Uma Dor Tão Doce”, Nicholls, que veio ao Brasil participar da Bienal do Livro Rio 2015, aprimora a sua maior especialidade: conduzir o leitor para um cenário nostálgico da memória, vinculando a narrativa a uma história de amor que se move sem cair jamais no sentimentalismo.
UMA DOR TÃO DOCE, de David Nicholls | Tradução: Carolina Selvatici | Editora: Intrínseca | 384 páginas | Preço: R$ 54,90 | E-book: R$ 37,90