A Caixa Cultural Salvador apresenta, de 20 de novembro a 26 de janeiro, a exposição inédita ‘Hiper-realismo no Brasil’, do artista Giovani Caramello. Reconhecido pela expressividade de seus trabalhos, o artista visual paulista assina, pela primeira vez na carreira, uma mostra individual institucional.
São 10 obras, entre esculturas e maquetes – em silicone, resina e terracota – que reproduzem, com impressionante precisão de detalhes, figuras humanas altamente expressivas. Com abertura no dia 19 de novembro, às 19h, a exposição terá visitação gratuita de terças-feiras a domingos, das 9h às 18h, na Caixa Cultural Salvador (Rua Carlos Gomes, 57, Centro).
Autodidata, Giovani Caramello tem 28 anos e pelo menos oito deles dedicados às esculturas. Em seu trabalho, busca traduzir questões relacionadas à efemeridade do tempo e propõe uma reflexão sobre o conceito de que tudo um dia cessa, chega ao fim. Pertencentes a coleções particulares, todas as obras expostas na Caixa Cultural serão especialmente reunidas para essa mostra, que conta com curadoria e projeto expográfico assinados por Thomaz Pacheco, da OMA Galeria, de São Bernardo do Campo (SP).
Além de primeira exposição individual da carreira do artista, essa será a primeira vez que seus trabalhos chegam ao Nordeste. “Expor fora do eixo Rio – São Paulo é o que mais me motiva nessa exposição. Minhas obras circulam por várias cidades, mas em coleções privadas, por isso não ficam acessíveis ao público em geral, e pra mim também será novidade vê-las todas reunidas e disponíveis”, destaca Caramello.
Entre os trabalhos expostos, destaque para a obra ‘Nikutai’, com impressionantes 2,5 metros de altura, e ‘Sozinho’, primeira escultura da carreira do artista, uma criança franzina de expressão triste, com sardas e olhos verdes, que veste uma capa do Batman. “O visitante vai poder, além de se impressionar com o realismo das esculturas, perceber a poética do artista. O trabalho de Giovani tem uma poética bastante literal para o público. As pessoas conseguem perceber o que cada obra está sentindo e sentir junto com elas, é muito bonito ver a reação e os testemunhos das pessoas diante das esculturas”, ressalta o curador Thomaz Pacheco. Em uma das salas, o público poderá acompanhar um pouco do processo criativo do artista por meio de maquetes ainda em plastilina, espécie de massa de modelar utilizada em seus esboços.