Ultimamente a harmonização facial ganhou muita popularidade. Porém, diferente do que muitos pensam, a harmonização facial não é um procedimento específico e sim um termo criado para definir um conjunto de procedimentos estéticos que visam a melhora das proporções da face.
“Grande parte das vezes, a queixa do paciente foca apenas em uma estrutura específica do rosto, quando, na verdade, o incômodo vem da falta de proporção entre diversas estruturas que compõe a face. A harmonização facial consiste então em deixar todas estas estruturas harmônicas entre si e para isso é necessário um diagnóstico preciso da causa da queixa do paciente”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a especialista, um exame clínico adequado deve visualizar a face como um todo, levando em consideração a estrutura óssea, a quantidade e qualidade de tecidos como gordura, músculos e ligamentos e a qualidade e aparência da pele, além da proporcionalidade entre os segmentos da face. É uma avaliação global do rosto, tanto em repouso quanto durante os movimentos da musculatura.
“Hoje em dia tem se falado muito sobre MD Codes, um método criado pelo Dr. Mauricio de Maio, que, dividindo o diagnóstico face em estrutura, contorno e refinamento, padroniza a avaliação e tratamento global para atingir a harmonização facial”, completa.
De acordo com a médica, uma queixa muito comum dos pacientes é o bigode chinês ou o sulco nasogeniano. Porém, se apenas o sulco for preenchido, a parte inferior vai ficar ainda mais pesada, o que pode piorar o aspecto cansado. “Este é um caso em que a harmonização facial se faz necessária e o procedimento a ser usado vai depender da causa do problema. Se o bigode chinês for causado pela diminuição da parte óssea da maçã do rosto, que faz com que os tecidos caiam e dobrem sobre o ligamento que forma o sulco nasogeniano, o ideal é realizar um preenchimento com ácido hialurônico de alta coesividade sobre o osso para simular o aumento dessa estrutura e assim resolver o problema”, afirma a cirurgiã.
“Já se a causa for a absorção do compartimento de gordura das bochechas, que ocorre com o envelhecimento, o tratamento recomendado é a aplicação de um ácido hialurônico mais maleável para repor este compartimento e, consequentemente, melhorar o sulco.”
Outro exemplo comum de falta de harmonia facial é a queixa dos pacientes com relação ao tamanho do nariz, pois, muitas vezes, não é o nariz o responsável pelo incômodo estético e sim o queixo, já que o tamanho desta estrutura pode aumentar ou diminuir o tamanho percebido do nariz.
“Se apenas o nariz for tratado, a harmonia facial continuará alterada. Então, para estes pacientes que possuem o mento muito pequeno a ponto de causar um desequilíbrio entre o tamanho do terço médio e do terço inferior da face, a mentoplastia é o ideal”, explica a Dra. Beatriz Lassance. “São muitos os casos em que o real problema é a falta de harmonia entre as estruturas da face. Por isso, antes de se decidir por qualquer tipo de procedimento, o mais importante é que você consulte um médico especializado. Apenas ele poderá realizar um exame clínico adequado e indicar o melhor tratamento para o seu caso.”
Dr Paulo Coelho
15 de outubro de 2019 at 09:06
Muito bom este post, Parabéns !!! – Prof Paulo Coelho | https://www.drpaulocoelho.com.br/odontologia-estetica-na-harmonizacao-facial/