Ana Paula e Ana Claudia Nonato da Dois A Arquitetura desafiam a crise e se destacam novamente como grandes líderes e empreendedoras femininas. Elas representarão a Bahia em 1ª lugar pela 5ª vez no Prêmio Top100 Kaza, que acontece em Punta Cana, em outubro. A premiação contempla os melhores escritórios de arquitetura e de design de interiores no Brasil, e os mais requisitados pelo consumidor final.
“Sermos laureadas mais uma vez pela maior premiação do nosso ramo é uma forma de sabermos que estamos indo no caminho certo e uma consequência do nosso esforço. Mas, o que me deixa imensamente feliz são as manifestações das pessoas que conhecem nossa história, isso me deixar fascinada. Paga muitos anos de trabalho e de estresse. Vejo claramente que o papel da mulher no empreendedorismo está sendo redesenhado. As empreendedoras estão conquistando cada vez mais espaço e ganhando impulso. Isso é muito bom! Não só para as mulheres, mas para a sociedade como um todo. O cenário de mulheres CEOs no Brasil ainda é pequeno, porém desejamos que esse panorama mude em um futuro próximo”, conta Ana Paula.
Mulheres de sucesso
Vindas de Maracás, uma cidade charmosa do interior Bahia, aos 17 anos, elas entraram em uma faculdade na capital baiana, para assim tornarem-se profissionais. Ana Paula logo iniciou a sua carreira profissional como estagiária em uma empresa de telecomunicações.
Trabalhou três meses no cargo até tornar-se trainee. Após um ano, tornou-se supervisora de uma equipe de 20 homens, a primeira mulher neste cargo na história daquela empresa. “Inicialmente a condição mulher não foi um problema para mim, talvez por ter sido criada por um homem que me fazia acreditar que eu poderia realizar tudo que eu quisesse, só precisava ser honesta e persistente. Então, toda vez que a minha condição feminina surgia como um empecilho, eu via apenas como aqueles obstáculos que meu avô me alertava“, conta.
Já Ana Claudia iniciou sua vida profissional em um importante escritório de arquitetura. “Sempre desejei ter meu próprio negócio e nunca tive o apoio das pessoas que mais considerava importante. Quando eu falava que queria aprender e desenvolver minha própria empresa, as pessoas não acreditavam na minha capacidade empreendedora. Todas essas dificuldades estão relacionadas à questão social e cultural. Apesar de termos escolaridade média maior, nós mulheres muitas vezes realizamos poucas capacitações em áreas gerenciais por não acreditarmos no nosso próprio potencial”, revela.
“Unidas há 10 anos neste mercado, enfrentamos várias dificuldades devido a nossa condição mulher, mas juntas vamos dando apoio uma a outra e melhorando assim nossa autoconfiança”, concluiu Ana Claudia.