Estava até animado com a nova versão de “Homens de Preto”, que iria renovar a franquia finalizada em “MIB 3”, com Will Smith e Tommy Lee Jones. Porém, no final dos longos 120 minutos de projeção, o que ficou foi uma sensação de perda de tempo. E, confesso, precisei começar a escrever logo sobre ele, sob o risco de não lembrar mais de nada, tão esquecível que é o filme.
A trama começa com os agentes H (Chris Hemsworth) e T (Liam Neeson) na Torre Eiffel combatendo a Colméia. Corta para 20 anos antes, quando a pequena Molly (no futuro, Tessa Thompson) tem contato com um extraterrestre e decide fazer parte do “Homens de Preto”. Na sua primeira missão, já como agente M, ao lado de H, ela descobre que há um traidor na organização e não poderá confiar em ninguém, mas deverá guardar um artefato alienígena.
Com essa trama sem originalidade – já vista de outras nos três MIB anteriores -, “MIB: Homens de Preto Internacional” não deve servir nem para atrair um novo público para a franquia. O roteiro, de Art Marcum e Matt Holloway (ambos de Transformers: O Último Cavaleiro), é preguiçoso. Não desenvolve os personagens bem, não se esforça nem para M ser recrutada pelo MIB, algo que é feito em 5 minutos. Também é tão previsível, que não será surpresa se meu sobrinho de 8 anos perceber tudo com 10 minutos de projeção.
Os antagonistas são mal elaborados e descartáveis. Rebecca Ferguson aparece como uma traficante de armas e eu só conseguia pensar: “Por que, Becca? Por que?”. Chris Hemsworth até se esforça como H, mas faz aquele estilo “sei que sou bonitão”, já visto em “Ghostbusters” e até, de alguma forma, em “Thor”. Tessa Thompson não tem carisma para segurar uma protagonista. O alívio cômico mais divertido é a rápida aparição de Sério Mallandro durante a projeção. Ou seja, a situação está feia para o filme.
Sem inspiração, “MIB: Homens de Preto Internacional” desperdiça a possíbilidade de abordar a divertida história de caça-alienígenas com algum frescor.
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