Todos os anos, centenas de turistas vão para a África do Sul caçar leões, algo permitido pelas leis local. Com isso, existem pouco mais de 20 mil leões (já chegou a 250 mil), o que prevê uma extinção da espécie em 20 anos. É esse o principal alerta de “A Menina e o Leão”, longa anglo-francês que chega aos cinemas de Salvador nesta quinta-feira.
Mia (Daniah De Villiers) saiu de Londres e foi com a família para a África do Sul cuidar de uma fazenda de leões. A jovem de 10 anos se revolta com a mudança e se rebela contra os pais. Para acalmá-la, o pai dá a ela Charlie, um leão branco que nasce no dia de Natal, o que o torna especial, segundo uma lenda de um povo local.
Uma bonita amizade surge entre a garota, que se torna adolescente no dercorrer do filme, e o animal selvagem, que é posta a prova quando Mia descobre um terrível segredo sobre a fazenda do pai. A adolescente e o leão partem então para uma jornada na savana africana onde Charlie poderá viver em liberdade.
Produção caprichada
Com o patrocínio de grandes empresas como Rolex e Louis Vitton, “A Menina e o Leão” é uma produção que se assemelha a um vídeo institucional para alertar sobre a extinção dos leões. Entretanto, nas mãos hábeis do diretor Gilles de Maistre, foge da pieguice e se torna uma boa aventura, com cenas lindíssimas beneficiadas pela locação na África do Sul.
O estranhamento durante a projeção fica a cargo do crescimento da ótima atriz Daniah De Villiers. Enquanto que, no início do filme, ela tinha 10 anos, ao longo da história ela cresce e chega aos 13 anos. Para isso, a produção gravou o filme durante 3 anos, com ela interagindo com o leão branco diariamente para a “amizade” deles transparecer na tela. E o filme consegue atingir esse objetivo com maestria. Chega a ser aflitante ver a menina brincando com o animal quando ele está maior.
Os demais integrantes da família de Mia, Alice Owen (Mélanie Laurent), John (Langley Kirkwood) e Mick (Ryan Mac Lennan) também envelhecem de verdade durante a projeção e se saem bem, com atuações seguras até do ovem Ryan, que sofre de ataque de pânico.
Aliando uma boa história a uma causa nobre, “A Menina e o Leão” é uma boa surpresa e nos faz sair da sala de projeção com um sorriso no rosto.
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