Quem foi Frida Kahlo longe dos holofotes, na vida particular, sem estereótipos? Desta pergunta partiu a investigação para a montagem do espetáculo ‘Frida Kahlo – A Deusa Tehuana’, que desconstrói o mito para falar da mulher.
Com direção de Luiz Antonio Rocha, atuação de Rose Germano e texto escrito pela dupla, o monólogo, que estreou em 2014 com sucesso de público e crítica, finalmente chega a Salvador para duas únicas apresentações, nos dias 25 e 26 de maio, sábado e domingo, às 20h, no Teatro SESC Casa do Comércio. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e estão à venda na bilheteria do teatro e no Ingresso Rápido.
A peça é livremente inspirada no diário e na obra da pintora mexicana, artista que ultrapassou a popularidade adquirida com seu trabalho e tornou-se sua melhor arte e mergulha em aspectos mais íntimos e menos explorados da personalidade da pintora mexicana.
Frida Kahlo pintou sua própria face um sem número de vezes no corpo de uma obra intensamente autorreferenciada. Teatralizou a sua própria existência, foi a expressão maior de luta e superação mesmo trazendo consigo as maiores dores – físicas e existenciais. No lugar do luto, vestiu-se de cores.
PRODUÇÃO CAPRICHADA
A montagem do espetáculo foi longa e incluiu uma viagem ao México, na qual Luiz Antonio Rocha encontrou a Frida que queria montar: a pintora que transformou a dor em arte estava despida para dar vida à deusa tehuana.
Na cidade de Oaxaca, o diretor comprou todas as peças que compõem o figurino do espetáculo. Elas são autênticas, conseguidas em antiquários e artesãos indígenas.