A Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, foi transformada em uma verdadeira máquina do tempo, na noite de sábado, 27. Tendo como comandante Samuel Rosa, que junto à sua tripulação Skank, fizeram os soteropolitanos embarcarem em uma viagem pela trajetória de um dos maiores grupos do rock brasileiro.
Na programação, o principal atrativo foi relembrar os maiores sucessos da banda, que desde 1992, faz história no cenário musical e que reuniu no show “Os Três Primeiros – Ao Vivo”, canções dos três primeiros álbuns “Skank”, “Calango” e “O Samba Poconé”.
Com a plateia e camarotes completamente lotados, devido ao esgotamento dos ingressos, o grupo apresentou como cartão de visita um grande clássico “Réu e Rei”, seguido por outros como “Tanto (I Want You)” e “Homem que sabia demais”.
Entre uma música e outra, Rosa contou histórias do grupo e de como surgiu a ideia de fazer a turnê que está sendo apresentada em diversas cidades do Brasil.
“Tem gente aqui que não tinha nem nascido quando a gente fez essas músicas. Então, há mais ou menos um ano e meio, nós resolvemos fazer uma homenagem a nós mesmo e jogar luz para esse trabalho, esses três primeiros álbuns, que foram super importantes em nossa trajetória”, revelou ao lembrar do sucesso do primeiro álbum. “O Skank ficou conhecido, mais músicas começaram a tocar nas rádios”.
O primeiro disco foi lançado em 1992, de forma independente. Em fevereiro de 1993, depois de contratada pela Sony, a banda remixou o álbum, que vendeu 250 mil cópias. “Calango”, lançado em 1994, é o álbum em que o Skank mais se mostrou influenciado pelo dancehall jamaicano. Vendeu ao todo 1,2 milhões de cópias.
E tendo milhares de fãs declarados e admiradores nitidamente apaixonados, o cantor não pensou em apresentar outros grandes sucessos, a exemplo de “É Proibido Fumar”, “Pacato Cidadão”, “Te Ver”, “Jackie Tequila”, “Saideira”, “Resposta”, “O Beijo e a Reza”, “Baixada News”, “Sem Terra”, “Eu Disse a Ela”.
Alguns deles, cantados por Rosa no meio da galera, complementaram o disco mais vendido da banda, o “Samba Poconé”, que também foi o primeiro da carreira do grupo a receber um cuidadoso lançamento no exterior. Ele foi lançado em 1996 e, ao todo, foram vendidas 1,8 milhões de cópias.
Mas, se engana quem pensa que o show se restringiu aos três primeiros álbuns do grupo. Samuel Rosa fez questão de “quebrar o protocolo” e fez a alegria dos fãs ao apresentar um repertório digno de reverências. Em um dos momentos mais marcantes da noite, o grupo embalou o público apresentando os hits “Algo Parecido” e “Acima do Sol”, em versão acústica, sendo acompanhado pelo gigantesco coral.
Sem decepcionar nenhum dos milhares de espectadores, o setlist ainda deu espaço a canções como “Vamos Fugir”, “Vou Deixar”, “Tão Seu”, “Uma Partida de Futebol”, “Esquecimento”, “Mil Casos”, “Amores Imperfeitos”, “Ainda Gosto Dela” e tantas outras que marcaram a noite soteropolitana em 2019.