Por Bruno Porciuncula
Keka (Deborah Secco) enfrenta uma crise no casamento com Dudu (Sérgio Guizé), Marinati (Alessandra Negrini) é uma workaholic que repentinamente se apaixona por Christian (Daniel Boaventura).
Já Leandra (Maria Casadevall) sente-se bastante insegura pelo fato de ainda não ter constituído família e Sônia (Monica Iozzi) está cansada da rotina doméstica e sonha com a época em que era solteira. As agruras dessas quatro mulheres arrancam risos em “Mulheres Alteradas”, longa que chega aos cinemas.
Com uma edição rápida, que já na sua abertura mostra o perfil de cada uma delas de forma eficaz, o longa dirigido por Luis Pinheiro conta com atrizes inspiradas interpretando as personagens criada pela cartunista argentina Maitena. Até os homens que aparecem se saem bem, como Sérgio Guizé, o marido insuportável, e Daniel Boaventura, um cafajeste.
O roteirista Caco Galhardo conseguiu construir uma trama atraente, já que as HQs eram tirinhas, com histórias curtas e bem definidas lançadas no Brasil no início dos anos 2000. Se pudermos achar uma falha, a única, seria dar menos tempo de tela para as histórias envolvendo Leandra (Casadevall) e Sônia (Monica Iozzi).
“Mulheres Alteradas” atualiza a HQ com tramas que mostram o empoderamento feminino e excluem questões físicas – como excesso de celulites – presentes na HQ original. E isso é um trunfo.
O que vemos na tela são quatro mulheres independentes e que sabem o que querem. E isso, no mundo em que vivemos, é ótimo.
Nota: 7/10